Translate

jueves, 3 de noviembre de 2011

Carrascos nazistas: Felizes para sempre -1

Como carrascos nazistas, acusados e condenados por alguns dos mais terríveis crimes contra a humanidade, conseguiram escapar da justiça e viver em liberdade após o fim da guerra, em 1945


Assim que a Segunda Guerra acabou na Europa, em junho de 1945, a derrotada Alemanha foi dividida em quatro zonas, controladas pelos três grandes vencedores – americanos, soviéticos e britânicos – e pelos franceses. Cerca de 1,5 milhão de ex-combatentes alemães voltavam a seu país, vindos de locais como França, Itália e Polônia. Por todo o continente, havia ainda 2,5 milhões de prisioneiros: soldados, oficiais, políticos e colaboradores nazistas, entre os quais estavam responsáveis por um conflito que causou pelo menos 40 milhões de mortes e pelo extermínio de cerca de 6 milhões de judeus, 2 milhões de eslavos e outros 200 mil civis (como ciganos e testemunhas de Jeová). Quando cessaram os tiros, um objetivo dominou os vencedores: punir os perdedores. “A punição de criminosos de guerra não se trata de vingança”, afirmou o historiador britânico Eric Hobsbawm no livro Era dos Extremos. “Trata-se de trazer de volta a ordem e a normalidade, restabelecendo a confiança dos povos nos organismos legalmente constituídos.” Segundo Hobsbawm, esse processo de “desnazificação da Europa” não pretendia condenar milhares, mas “punir aqueles que servissem de exemplo”. Logo se percebeu que separar quem era culpado de quem era muito culpado seria um desafio enorme. Cerca de 40 mil funcionários públicos americanos, franceses e britânicos foram convocados: um exército de escrivães, advogados e juízes. Só na zona americana, foram instauradas 545 cortes civis para analisar 900 mil casos. Menos de seis meses depois da queda de Hitler, os vitoriosos já estavam prontos para acusar e julgar os maiores culpados. Entre 20 de novembro de 1945 e 1º de outubro do ano seguinte, o Tribunal Militar Internacional de Nuremberg decretou 11 condenações à morte, três prisões perpétuas, duas sentenças de 20 anos de prisão, uma de 15 e outra de dez anos. Três acusados foram absolvidos. E pronto. Nos dois anos que se seguiram ao julgamento, 1 milhão de alemães deixaram o país legalmente. Estima-se que outros 100 mil o fizeram de forma ilegal. Entre eles estavam criminosos, carrascos e assassinos. Muitos ficaram impunes para sempre. Quem? Como? Você vai ver a seguir.
FUGA EM MASSA
Já era noite de 26 de junho de 1945 quando uma patrulha do Exército americano avistou um homem andando numa estrada de terra entre Stuttgart e Ulm, no sul da Alemanha. Detido e interrogado, disse ser Adolf Barth, cabo da Força Aérea alemã. Foi preso. Nos meses seguintes, foi transferido de campo seis vezes e, em cada um deles, apresentou-se com um nome diferente. No início de 1946, conseguiu escapar, atravessou o país e se estabeleceu na zona rural de Eversen, onde viveu isolado. Seu verdadeiro nome era Adolf Eichmann. Ex-coronel da tropa de elite SS e chefe da Gestapo (a polícia secreta de Hitler), ele foi um dos mentores da “solução final”, a operação que pretendia exterminar os judeus da Europa. Em 1950, quando as coisas esfriaram, Eichmann decidiu deixar a Alemanha e foi para a Itália. Lá, em 14 de junho, o consulado argentino em Gênova lhe concedeu visto de imigração em um passaporte com o nome de Ricardo Klement. Comprou uma passagem no navio Giovanna C e, um mês depois, desembarcou em Buenos Aires. Arrumou emprego e levou a família para lá. Seqüestrado por espiões israelenses, foi levado a Telavive, onde foi condenado e executado em 1962. O senso comum sugere que, antes do fim da guerra, líderes nazistas já tinham planos secretos para salvar a própria pele. Uma dessas rotas de fuga ficaria famosa com o livro O Dossiê Odessa, do britânico Frederick Forsyth. Apesar de ser um romance, baseou-se numa organização real chamada Odessa (sigla em alemão para “Organização de Ex-membros da SS”). Entretanto, pesquisas recentes mostram que esse tipo de iniciativa foi responsável por poucas fugas. “Governos nacionais e instituições completamente legais livraram a cara de muito mais nazistas que organizações secretas”, diz Jorge Camarasa, historiador argentino, autor de Odessa al Sur (“Odessa do Sul”, inédito no Brasil). A rota que Eichmann usou para deixar a Europa, por exemplo, era coordenada pelo bispo austríaco Alois Hudal, reitor de um seminário para padres alemães e austríacos em Roma. Nazista professo, ele foi nomeado pelo Vaticano para visitar os prisioneiros de guerra detidos na Itália. Segundo Camarasa, Hudal usou sua posição para dar fuga a criminosos nazistas procurados. No início, o bispo conseguia documentos falsos para que os prisioneiros fossem libertados e depois os ajudava a se esconder, geralmente no interior da Itália. Quando autoridades começaram a desconfiar do esquema, Hudal percebeu que precisava tirar seus protegidos da Europa. Recorreu a identificações falsas emitidas pela Comissão de Refugiados do Vaticano. “Esses papéis não serviam como passaportes, mas era com eles que os fugitivos adquiriam nova identidade e, assim, conseguiam auxílio junto à Cruz Vermelha, que, por sua vez, era usada para conseguir vistos”, afirma o jornalista australiano Mark Aarons, co-autor de Unholy Trinity (“Trindade profana”, sem versão em português). “Em teoria, a Cruz Vermelha deveria checar os registros de quem solicitava vistos de saída, mas na prática a palavra de um padre ou, principalmente, de um bispo era suficiente.” A maior rota de fuga de nazistas, porém, foi criada por uma rede de padres liderada pelo bispo croata Krunoslav Draganovic. “A organização fixou seu quartel-general no Seminário de São Girolamo, em Roma. Inicialmente, seu foco era tirar dos territórios ocupados pelos soviéticos os membros do partido nazista croata”, afirma Uki Goñi, historiador argentino, autor de A Verdadeira Odessa. “Com o tempo, a rota de Draganovic tornou-se a principal via de fuga dos criminosos nazistas, tirando mais de 5 mil deles da Europa.”
AMÉRICA LATINA
Entre os picos nevados de Bariloche, nos Andes argentinos, um imigrante alemão levou uma vida pacata por quase 50 anos. Dono de uma confeitaria chamada Viena, don Erico morava com a mulher, Alice, no segundo e último andar de um prédio na praça Belgrano, alugando o primeiro pavimento para um orfanato. A dois quarteirões dali, um certo Juan Maler ergueu o hotel Campana, onde vivia, escrevendo livros de pregação nazista. Em 1994, a rede de TV americana ABC descobriu que Maler era Reinhard Kops, ex-capitão da SS. Desmascarado diante das câmeras, Kops dedurou: “Por que correm atrás de mim, se o pior dos nazistas da Argentina vive aqui ao lado?” Don Erico, o simpático confeiteiro, era Erich Priebke, ex-capitão da Gestapo e co-autor de um massacre de 330 civis italianos em Roma, em 1944. Acusar o vizinho deu certo para Kops, que se escondeu no Chile. Ele nunca foi julgado e, dois anos depois, retornou a Bariloche, onde publicou textos hitleristas até sua morte, em 2001. Já Priebke, após uma batalha judicial de 17 meses, foi extraditado para a Itália. Lá, foi condenado por homicídio múltiplo, mas escapou da prisão perpétua – seu crime prescrevera em 1974, 30 anos depois de ser cometido. Ele foi solto, mas a Justiça italiana anulou o julgamento. Hoje, Priebke está em prisão domiciliar em Roma. Não há data para um novo julgamento. Com 94 anos, ele é o prisioneiro mais velho da Europa. Para o argentino Uki Goñi, interesses econômicos e pressão da Igreja Católica e das comunidades de imigrantes podem explicar por que a América Latina se tornou o destino predileto dos nazistas. “Meu país tem uma peculiaridade, por ter feito um esforço dirigido – ou iniciado – pelo presidente Juan Perón para trazer esses criminosos de guerra”, afirma Goñi. As razões de Perón, segundo ele, incluíam gratidão (os nazistas o ajudaram entre 1943 e 1945) e simpatia pelos ideais fascistas. O primeiro passo para contrabandear nazistas da Europa para a Argentina, de acordo com Goñi, foi dado em janeiro de 1946, quando Antonio Caggiano, bispo de Rosário, foi a Roma para ser ordenado cardeal. Lá, segundo arquivos diplomáticos argentinos, ele transmitiu ao cardeal francês Eugéne Tisserant a mensagem de que “o governo da República da Argentina está disposto a receber cidadãos franceses, cuja atitude política durante a recente guerra pode tê-los exposto a medidas cruéis e retaliações”. Nos meses seguintes, entre 300 e 500 colaboracionistas franceses foram para a Argentina com passaportes fornecidos pela Cruz Vermelha em Roma. Outro fator que engrossou o número de nazistas na América Latina foi o uso de criminosos de guerra como informantes e espiões na Guerra Fria (por britânicos e americanos de um lado e soviéticos de outro). Muitos deles foram salvos da prisão e encaminhados ao Cone Sul. Foi o caso de Klaus Barbie, ex-diretor da Gestapo, que ordenou, na França, a execução de civis e o envio de crianças para Auschwitz. Em 1947, ele se tornou agente do serviço secreto americano e, depois, acabou fugindo para a Bolívia. Descoberto em 1971, só foi deportado em 1983. Quatro anos depois, foi condenado na França pela morte de 177 pessoas. Morreu de leucemia em 1991, numa prisão de Lyon.
PORTO SEGURO
No Brasil, a presença de criminosos nazistas também foi grande. O caso mais famoso foi o do médico Josef Mengele, que usava humanos como cobaias de suas experiências macabras em Auschwitz (ele morreu impune, afogado após uma bebedeira em Bertioga, no litoral paulista, em 1979). O envolvimento das autoridades brasileiras na entrada de criminosos de guerra é um assunto polêmico. Mas chovem indícios de que os nazistas contaram com boa vontade para entrar no país. Nos mais de 20 mil documentos dos arquivos da antiga Delegacia de Ordem Política e Social (Deops) liberados pelo governo federal em 1997, há cartas trocadas entre as representações brasileiras em Roma e Berlim que mostram como nossa diplomacia fechou os olhos para o passado nazista de empresários, engenheiros e ex-militares – que eram encorajados a declarar falsos nomes e profissões ao vir para cá. Especialistas levantam a hipótese de que o próprio presidente Eurico Gaspar Dutra, que assumiu em 1946, sabia do que se passava. Para Marionilde Brephol Magalhães, historiadora da Universidade Federal do Paraná e autora de Pangermanismo e Nazismo – A Trajetória Alemã Rumo ao Brasil, além da simpatia que setores do governo e do meio militar tinham pelos nazistas, Dutra acreditava que técnicos e cientistas alemães poderiam ajudar na industrialização do país. Um problema ainda maior que a falta de controle na entrada teria sido a falta de disposição para prender e extraditar os criminosos descobertos por aqui. A tolerância do governo brasileiro logo ficou conhecida e intensificou a vinda de nazistas. Alguns nem se deram ao trabalho de mudar de nome, como Franz Stangl. Comandante dos campos de extermínio de Sobibor e Treblinka, na Polônia, ele chegou a ser preso na Áustria em 1945, mas conseguiu escapar para a Síria, onde reuniu-se à esposa e aos filhos. Segundo registros da Deops, desembarcou no Brasil em 1951 e, tempos depois, conseguiu emprego numa fábrica da Volkswagen, em São Paulo. Stangl só foi preso em 1967, após denúncia do “caçador de nazistas” Simon Wiesenthal (veja quadro na pág. 28). Levado para a então Alemanha Ocidental, foi julgado pela morte de 900 mil pessoas – fato que admitiu à jornalista de origem húngara Gitta Sereny, em depoimento publicado no livro Into the Darkness (“Nas Trevas”, inédito no Brasil). “Minha consciência está limpa. Eu só estava fazendo meu dever”, disse. Condenado à prisão perpétua em outubro de 1970, Stangl morreu de ataque do coração oito meses depois, numa prisão de Dusseldorf. Outro que ostentou o próprio nome no Brasil foi o austríaco Gustav Wagner, um dos responsáveis pelo campo de extermínio de Sobibor. Enquanto era condenado à morte pelo Tribunal de Nuremberg, o fugitivo Wagner trabalhava como operário em Graz, na Áustria. Ali encontrou o ex-colega Stangl e com ele escapou para a Síria. Chegou a São Paulo com passaporte suíço em 12 de abril de 1950 e foi morar em um sítio em Atibaia, São Paulo, onde fez um chalé no estilo da Bavária. Chamado de “seu Gustavo” pelos vizinhos, foi detido em maio de 1978, ao se apresentar na Deops para desmentir uma reportagem em que era acusado de participar de uma festa em homenagem a Hitler. Por sua idade avançada, Wagner foi transferido para uma clínica e depois mandado para casa. As autoridades brasileiras já haviam recusado pedidos de extradição feitos por Israel, Áustria e Polônia quando, em 18 de junho de 1979, a rede de TV britânica BBC levou ao ar uma entrevista com Wagner. “Eu não guardo nenhum sentimento daqueles dias (...). À noite, nós nunca discutíamos nosso trabalho, só bebíamos e jogávamos cartas”, disse. Quatro dias depois, seu pedido de extradição para a Alemanha Ocidental também foi negado. Em outubro de 1980, Wagner foi achado morto com uma facada no peito. A polícia concluiu que ele se matou. A lista não acaba aí. Acusado de participar da morte de 30 mil judeus em Riga, na Letônia, o capitão-aviador Herbert Cukurs fugiu para a França, onde obteve visto para vir ao Brasil em 1946. No Rio de Janeiro, ele trabalhou na Fábrica Brasileira de Aviões. Logo depois montou um negócio, alugando pedalinhos na praia de Icaraí, em Niterói. Em 1948, foi reconhecido. Sua casa foi pichada e seu nome saiu nos jornais, mas ele nunca foi preso. Na década de 1950, mudou-se com a família para Santos e depois para São Paulo. Em 1960, Cukurs tentou se naturalizar. Foi quando a polícia paulista tomou seu único depoimento, em 6 de junho. No dia 7, os policiais ouviram Frida Schmuskovits, sobrevivente dos campos de extermínio da Letônia. Sobre os massacres de judeus, ela relatou que “a matança era feita por ordem de Herbert Cukurs”. Com a naturalização negada, Cukurs foi para Montevidéu em 1965, ao lado de um amigo que ele conhecera um ano antes e se apresentava como o austríaco Anton Kunzle. Dois dias após chegar ao Uruguai, Cukurs foi encontrado numa mala. Tinha marcas de tiros e a cabeça destruída a marteladas. Num comunicado à imprensa, um grupo autodenominado “Aqueles que Não Esquecem” assumiu o assassinato.
ÚLTIMA CHANCE
Chovia pouco em Viena, na manhã de 16 de dezembro de 2005, quando alguns familiares viram o corpo de Heinrich Gross, morto na véspera, aos 91 anos, ser baixado ao túmulo. Psiquiatra e neurologista de renome, Gross ocupava, desde 1962, uma cadeira na Academia Austríaca de Ciência. Mas é outra parte de sua biografia que nos interessa. Entre 1940 e 1945, o doutor Gross dirigiu o programa nazista de pesquisas de eugenia baseado em Viena. Em sua clínica, ele coordenou experimentos médicos e farmacológicos que vitimaram mais de 700 crianças. Após a guerra, Gross desapareceu. Ressurgiu seis anos depois, em Viena, como professor. Em 1956, foi nomeado perito da Justiça para avaliar criminosos com problemas mentais. Só em 1994 acadêmicos da Universidade de Viena perceberam que o simpático velhinho e o cruel cientista eram a mesma pessoa. Apesar das tentativas de levar Gross aos tribunais, ele nunca foi preso – houve pouca movimentação por parte de promotores e juízes, com quem tantas vezes ele havia trabalhado. Em 2002, quando foi enfim convocado por uma corte vienense, Gross, aos 89 anos, mostrou-se senil e, segundo seu advogado, não conseguia entender o interrogatório. O médico foi declarado inapto para ser julgado e saiu pela porta da frente do prédio, caminhando com uma bengala. Viveu em paz até morrer. Gross se enquadra num grupo de nazistas que nunca fugiu, mas desapareceu nos desvãos da burocracia. Há quem aceite o esquecimento. Não é o caso do Centro Simon Wiesenthal (CSW), que desde 1977 reúne informações sobre nazistas. “Genocídio e assassinato em massa nunca prescrevem”, afirma o israelense Efraim Zuroff, diretor do CSW em Jerusalém. Segundo o último relatório da entidade, de 2006, 458 pessoas estão sendo investigadas por crimes de guerra e, de janeiro de 2001 a dezembro de 2006, 41 nazistas foram condenados no mundo. Segundo Zuroff, outros poderiam ir a julgamento se houvesse mais empenho dos países que os abrigam. “O mais difícil não é encontrar os criminosos, mas levá-los a julgamento.” O nome mais recente entrou na lista da CSW em julho de 2006. Num evento social, um sujeito não parava de se gabar de seu papel na deportação de judeus para Auschwitz. Um jovem anotou seu nome e procurou o CSW. “Descobrimos que era Sandor Kepiro, húngaro condenado pela morte de mais de 1200 civis em janeiro de 1942, na cidade de Novi Sad, então parte da Hungria, atualmente na Sérvia”, conta Zuroff. Aos 93 anos, Kepiro mora em Budapeste e aguarda a Justiça determinar se ele terá de cumprir a pena de 14 anos de prisão que recebeu em 1948. Entre os nazistas ainda foragidos, o mais eminente é o médico austríaco Aribert Heim, que serviu em três campos de extermínio, Sachsenhausen, Buchenwald e Mauthausen, onde centenas de pessoas foram mortas com injeções de fenol no coração. “Heim foi preso pelos americanos na Bélgica em março de 1945, mas foi solto dois anos depois”, diz Zuroff. Livre, Heim voltou à medicina e, em 1962, foi processado na Alemanha Ocidental. Enquanto aguardava julgamento, fugiu. Desde então, foi visto na Argentina, Egito, Uruguai e Espanha. Era dado como morto até que, três anos atrás, a polícia alemã descobriu uma conta bancária em nome de Heim com mais de 1 milhão de euros. O fato de seus filhos nunca terem sacado o dinheiro levou as autoridades a concluir que ele ainda está vivo. Uma força-tarefa foi montada para encontrá-lo. Seu paradeiro, no entanto, permanece um mistério.

Más companhias

Os americanos usaram ex-nazistas como arma na Guerra Fria
Dois anos antes de Adolf Eichmann ser achado na Argentina, em 1960, os americanos já sabiam seu paradeiro, incluindo o nome que ele usava: Ricardo Klement. Quem afirma isso é Timothy Naftali, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. O historiador é um dos quatro membros do Grupo de Trabalho sobre Crimes de Guerra Nazistas, encarregado pelo governo americano de examinar arquivos liberados pela CIA desde 2004 – são 27 mil páginas sobre a atuação da central de inteligência no pós-guerra. Segundo Naftali, os Estados Unidos esconderam a identidade de ex-nazistas e os usaram como espiões contra a antiga União Soviética. “A CIA e o governo da antiga Alemanha Ocidental cooperaram para encobrir o paradeiro de Eichmann.” Americanos e alemães achavam que, se descoberto, Eichmann comprometeria Hans Globke, chefe da Casa Civil do então primeiro-ministro da Alemanha, Konrad Adenauer. Como Eichmann, Globke pertencera ao alto escalão nazista – fora um dos criadores das chamadas Leis de Nuremberg (que, entre outras coisas, cassaram direitos civis dos judeus alemães nos anos 30). Os documentos revelados mostram ainda que, depois da execução de Eichmann, em 1962, a CIA pressionou a revista americana Life, que detinha os direitos de publicação das memórias do nazista, para que ela omitisse o nome de Globke da narrativa. O conselheiro acabou deixando o governo alemão em 1963. A ampla rede de ex-nazistas a serviço dos Estados Unidos era liderada pelo major-general Reinhard Gehlen, ex-chefe da espionagem de Hitler na frente oriental. Em 1956, essa rede se tornou o núcleo da Bundesnachrichtendienst (conhecida, graças a Deus, pela sigla BND), o serviço de espiões da Alemanha Ocidental. Gehlen dirigiu a BND até 1968 e morreu do coração em 1979, em Bonn. Nunca foi acusado de crime algum. “Após o fim dos julgamentos de desnazificação, era política dos Estados Unidos deixar a perseguição aos criminosos para os alemães ocidentais. Mas esses não mostraram nenhum interesse em fazê-lo”, diz Elizabeth Holtzman, ex-deputada americana e também membro do grupo que analisa os documentos. “Os arquivos nos forçaram a enfrentar não somente os prejuízos morais, mas também os prejuízos práticos que tivemos ao confiar serviços de inteligência a ex-nazistas.”

"Justiça, não vingança"

Simon Wiesenthal dedicou sua vida a caçar nazistas
Quando morreu, em setembro de 2005, em Viena, Simon Wiesenthal tinha 96 anos. Boa parte deles fora gasta repetindo a frase acima. Ele a usava para justificar sua incansável perseguição a criminosos nazistas. Judeu, Wiesenthal nasceu no então Império Austro-Húngaro e foi preso em 1941, durante a ocupação nazista da Polônia. Após ter sobrevivido a 12 campos de concentração, foi libertado por tropas americanas no campo austríaco de Mauthausen. Na época, com 1,82 metro, pesava 45 quilos. “A força para sobreviver veio da decisão de cobrar a punição dos responsáveis pelo Holocausto”, costumava dizer ele. Essa tarefa, cumprida por décadas, tornou-o alvo de diversos atentados e ameaças de morte. Wiesenthal começou com uma lista de 91 nomes de criminosos de que ele próprio tinha conhecimento. Ela foi crescendo com depoimentos e denúncias de sobreviventes de campos de concentração que, logo após a guerra, estavam espalhados por acampamentos na Áustria, Alemanha e Itália. Wiesenthal foi o primeiro a aplicar sistematicamente o método da história oral nas pesquisas sobre o Holocausto, e fundou um centro judaico de documentação. No livro Justiça, Não Vingança, publicado em 1988, Wiesenthal contabilizou ter contribuído para a investigação de 6 mil casos e para a punição de 1100 criminosos nazistas.

De Nuremberg a Bagdá

Como chefes de Estado têm sido julgados por seus atos
Criado em agosto de 2004, o Tribunal de Criminosos de Guerra Iraquianos foi instituído para julgar crimes cometidos desde a tomada do poder pelo partido Baath, em julho de 1968, até a derrubada do regime de Saddam Hussein, em maio de 2003. No fim do ano passado, numa decisão anunciada por Abdel Asis el Hakim, chefe do Conselho de Governo e histórico opositor de Saddam, o ex-presidente do Iraque foi condenado à morte e executado. Países como Brasil, Rússia e França reagiram negativamente à pena capital, com o argumento de que se deveria evitar a “justiça dos vencedores”. Ou seja, temia-se que não houvesse justiça, mas vingança. O primeiro chefe de Estado a ser julgado por crimes de guerra deveria ter sido Adolf Hitler. Isso se ele não tivesse se matado dias antes do fim da guerra. “Não se pode culpar um país, mas deve-se responsabilizar seus líderes. Aqueles que lideraram o destino de milhões devem responder pelos seus atos”, dizia o documento de abertura do tribunal de Nuremberg, em 1945. Embora o direito militar tenha contornos definitivos desde a Convenção de Genebra, de 1949, só após o fim da Guerra Fria a Organização das Nações Unidas (ONU) pôde ressuscitar as cortes internacionais para julgar crimes de guerra e contra a humanidade. E o primeiro réu levado a julgamento, em 2002, foi Slobodan Milosevic, ex-presidente da Sérvia e da antiga Iugoslávia, cujas tropas foram acusadas de atrocidades na província de Kosovo e na Bósnia. O Tribunal Internacional estabelecido em Haia, na Holanda, teve juízes de várias nacionalidades – mas nem assim escapou das polêmicas. Milosevic foi levado a Haia sem que a Sérvia aprovasse a extradição, o que feriu o direito internacional. Seu julgamento não chegou ao fim: em 11 de março de 2006, ele apareceu morto em sua cela, vítima de problemas cardíacos. Outro ex-chefe de governo julgado numa corte da ONU – o Tribunal Internacional de Arusha, na Tanzânia – foi o ex-primeiro-ministro de Ruanda, Jean Kambanda, que está preso. Em 1998, ele admitiu a culpa pela morte de milhões de pessoas em seu país, quatro anos antes. Atualmente, em Serra Leoa, um tribunal especial criado em 2002 está julgando o ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, acusado de crimes durante a guerra civil naquele pais.

miércoles, 2 de noviembre de 2011

El Vaticano abre sus archivos secretos

El papa pio Xll criticado por organizaciones judias
El Vaticano confirmó que abrirá sus archivos secretos de la época de la Segunda Guerra Mundial, para contrarrestar las acusaciones que afirman que el Papa Pío XII hizo muy poco para denunciar el Holocausto. El Vaticano espera terminar con las "especulaciones desagradecidas e injustas" que acusan al Papa Pío XII de no haber levantado la voz con más fuerza contra el nazismo.

El Papa Juan Pablo II.
El Papa actual, Juan Pablo II, defiende la posición de Pío XII.
Los primeros 640 documentos que se pondrán a disposición de los estudiosos el próximo año, cubren las relaciones entre la Santa Sede y Alemania desde 1922 hasta 1939. Los documentos que abarcan el período entre 1939 y 1949 y que tratan sobre los prisioneros de guerra, saldrán del archivo en una segunda instancia.
Los materiales que contienen información sobre las relaciones entre Pío XII y Alemania hasta su muerte en 1958, serán puestos a disposición de los estudiosos en tres años.
Apertura parcial
El Vaticano siempre ha defendido la posición de Pío XII, explicando que su silencio se debió al temor de poner aún más en peligro la vida tanto de católicos como judíos.


(La Santa Sede espera que los documentos demuestren) el enorme trabajo de caridad y asistencia emprendido por el Papa Pío XII, para los prisioneros y las víctimas de guerra, sin distinción de nacionalidad, religión o raza
Declaración del Vaticano
En un comunicado, la Santa Sede informó que espera que los documentos demuestren "el enorme trabajo de caridad y asistencia emprendido por el Papa Pío XII, para los prisioneros y las víctimas de guerra, sin distinción de nacionalidad, religión o raza". Este anuncio llega siete meses después de que los estudiosos judíos y católicos que examinaban los documentos suspendieran sus actividades porque el Vaticano no abría sus archivos de forma completa.
La Santa Sede aceptó que una apertura parcial resultaba verdaderamente frustrante para los estudiosos. Sin embargo, argumentó que esto se debió a la necesidad de proteger a las víctimas del Holocausto que aún estaban vivas.

Condenan a ex oficial nazi en Alemania

Alemania no olvida su pasado. Este viernes un tribunal alemán sentenció a siete años de prisión a un antiguo oficial nazi, Friedrich Engel, de 93 años, por su papel en la matanza de 59 prisioneros italianos durante la Segunda Guerra Mundial.
Engel, conocido como el "carnicero de Génova", estaba a cargo de las SS en ese puerto italiano cuando fue atacado un cine repleto de soldados alemanes, en los primeros meses de 1944.
Como represalia, los nazis encadenaron a soldados italianos y los mataron uno atrás de otro.


Tengo dos guerras en mi juventud. Aprendí que la firmeza es buena para uno. Toda mi vida aprendí a reaccionar con firmeza
Friedrich Engel
El ex oficial nazi dijo durante todo el juicio que él sólo fue un testigo pasivo de la matanza y que no la supervisó. Aunque manifestó su pesar por los hechos ocurridos hace 58 años, Engel insistió en que la orden estaba justificada por las reglas de la guerra, citando la convención de La Haya y recordando otras represalias llevadas a cabo por Italia y Estados Unidos.
Antes de escuchar el veredicto, el acusado opinó sobre el juicio. "Creo que el proceso ha sido bastante justo. Tal vez yo debería haber tenido más coraje".
"Firmeza"
Uno de los testigos contra Engel fue el ex oficial de submarinos Walter Emig, de 79 años, quien testificó que el ex hombre de las SS estuvo a cargo de la masacre, y que incluso mostró a uno de sus subordinados cómo rematar a un prisionero herido disparándole en la cabeza.
"Tengo dos guerras en mi juventud", dijo Engel durante el proceso. "Aprendí que la firmeza es buena para uno. Toda mi vida aprendí a reaccionar con firmeza", agregó.

Friedrich Engel
Engel será sometido ahora a exámenes médicos.
Luego del veredicto, Engel fue autorizado a volver a su casa para someterse a exámenes médicos que determinen si puede o no cumplir su pena en prisión. En 1999, el oficial fue sentenciado en ausencia por un tribunal italiano. ¿El cargo? La muerte de 246 prisioneros de guerra de esa nacionalidad en cuatro matanzas distintas.
Pero finalmente, Engel fue juzgado en Alemania porque las leyes de ese país no permite que sus ciudadanos sean extraditados por crímenes cometidos en el extranjero.
Desde que terminó la Segunda Guerra Mundial, Alemania ha iniciado más de 100.000 procesos relacionados con los crímenes cometidos por el nazismo. Según el ministerio de Justicia, 6.500 sentencias han sido dictadas.

Murió ex colaborador nazi

El ex colaborador francés del nazismo, Maurice Papon, murió el sábado a los 96 años luego de una operación al corazón.
Papon fue el único oficial francés condenado por su rol en la deportación de franco-judíos al campo de concentración de Auschwitz durante la Segunda Guerra Mundial, y fue el primer alto funcionario de Vichy en ser condenado por complicidad en crímenes de lesa humanidad.
Durante la ocupación alemana, fue el segundo oficial de más alto rango en la región de Bordeaux.
Papon falleció, luego de ser sometido el martes a una cirugía al corazón para ajustar su marcapasos, en una clínica privada en las afueras de París.
En 1998 se lo declaró culpable por la deportación de judíos a campos de concentración.
Según su abogado Francis Vuillemin, Papon murió mientras dormía.
Rol en la guerra
Al finalizar la guerra, no fue procesado y fue nombrado ministro de Presupuesto de Francia de 1978 a 1981.
Las evidencias en su contra recién emergieron en 1981. El caso revolvió los recuerdos de la colaboración francesa en los tiempos de guerra y tomó 16 años en llegar a la corte.
El 2 de abril de 1998 se lo declaró culpable por su rol en el envío de 1.690 judíos a un campo de tránsito en París, camino a Auschwitz, entre 1942-44. Se lo sentenció a 10 años de cárcel.
Luego quedó en libertad a la espera de una apelación y huyó brevemente a Suiza, antes de ser encarcelado en 1999.

Maurice Papon con el uniforme de policía 1958
La evidencias en su contra recién salieron a la luz en 1981.

Al colocársele un marcapasos en 2000, Papon apeló tres veces al entonces presidente Jacques Chirac por clemencia, argumentando motivos de salud, aunque sin éxito.
Finalmente, fue liberado en septiembre de 2002 por razones de salud. Su liberación provocó la ira de los sobrevivientes del Holocausto.
Sus abogados se comprometieron a buscar un nuevo juicio, pero una corte de apelaciones hizo definitiva su condena en junio de 2004.
Papon nunca expresó remordimiento por sus acciones durante la guerra. Hasta el final, sostuvo que actuó bajo órdenes y que fue utilizado como un chivo expiatorio.

El cráneo "no es" de Hitler

Científicos en Estados Unidos concluyeron que el fragmento de un cráneo que funcionarios rusos creían que pertenecía a Adolfo Hitler realmente corresponde a una mujer.
Foto de abril 26, 2000 que muestra el fragmento de un cráneo que el gobierno ruso atribuía a Hitler
Los profesores de EE.UU. indicaron que el cráneo pertenecía a una mujer, probablemente de entre 20 y 40 años.
Los expertos de la Universidad de Connecticut analizaron las muestras de ADN que el arqueólogo Nick Bellantoni obtuvo durante un viaje a Rusia del cráneo que fue descubierto en 1993 en uno de los archivos secretos de la ex Unión Soviética.
El fragmento del cráneo, que tiene un hueco de bala, es parte de una colección de artefactos del gobernante alemán que fueron preservados por la inteligencia soviética meses después de que Hitler y su amante Eva Braun supuestamente se suicidaron en Berlín en 1945.
"Los resultados de nuestros exámenes fueron obvios desde el primer momento. Las muestras que hemos analizado corresponden al cráneo de una mujer, sin lugar a dudas", dijo Linda Strausbaugh, miembro del grupo de científicos que analizó la pieza.
La conclusión de la investigación ha alentado nuevas dudas sobre si Hitler realmente se suicidó en 1945 ante la entrada de las tropas soviéticas a Berlín.
Además, abre la posibilidad de que los restos que se guardan en Moscú correspondan a Braun.
"No hay nada de lo que hemos encontrado que pueda ofrecer información de dónde y cuándo murió la persona a la que corresponden los restos, ni por supuesto de su identidad", aclaró Strausbaugh.

En el búnker

Cuando las tropas soviéticas tomaron el búnker donde se refugiaba Hitler en 1945 encontraron los restos quemados del líder nazi y de su amante y un año después los cadáveres fueron trasladados a Moscú para investigar las circunstancias de sus muertes.
Adolfo Hitler y Eva Braun
Se cree que Hitler y su amante Eva Braun se suicidaron en un búnker en Berlín en 1945.

Además del cráneo, las tropas soviéticas indicaron que habían exhumado la mandíbula de Hitler y que la identidad del hueso había sido confirmada mediante sus registros dentales.
Pero los profesores estadounidenses dicen que el cráneo pertenecía a una mujer, probablemente de entre 20 y 40 años.
Las autoridades rusas también poseen numerosos objetos que encontraron en el búnker alemán, entre los que destacan el sofá donde se cree que el Fhürer y Braun se suicidaron y cuyas muestras también fueron examinadas por los científicos de la Universidad de Connecticut.
"Podemos afirmar que la mancha del sofá sí tiene restos de ADN correspondientes a un hombre, aunque obviamente no podemos decir a quién corresponde y mucho menos si es de Hitler", aseveró Strausbaugh.
La revelación figura en un nuevo documental divulgado por el canal de televisión de EE.UU. History Channel titulado "El escape de Hitler", que relanza la idea de que el Fhürer podría haber escapado de Berlín.

Nazis en Sudámerica: la misión siguió después de Hitler

Brabie fue enjuiciado en Francia y Einchman en Israel.
Klaus Barbie, el criminal de guerra nazi conocido como el "carnicero de Lyon", era espía de los servicios secretos de Alemania Occidental mientras vivía en Bolivia, según la revista alemana Der Spiegel.

Esta es la primera vez, según el medio de comunicación alemán, que se tiene evidencia de que el servicio de inteligencia de Alemania, el Bundesnachrichtendienst (BND), conocía sus antecedentes nazis.

El ex jefe de la Gestapo en Lyon, Francia, fue reclutado por la inteligencia alemana en 1960 en La Paz, donde supuestamente se encontraba escondido.

"A Barbie se le acusaba de haber estado a cargo de la deportación de judíos a los campos de concentración. Incluso, se le acusaba de haber ordenado la deportación de niños de un orfanato", señaló el corresponsal de la BBC en Berlín, Stephen Evans.

De acuerdo con documentos del BND a los que tuvo acceso la revista, Barbie cambió su nombre a Klaus Altmann.

El ex nazi le daba información sobre la política de Bolivia a la inteligencia alemana. De hecho, asegura Der Spiegel, se convirtió en una figura dentro de la sociedad boliviana con importantes conexiones políticas.

Barbie fue expulsado de Bolivia en 1983 y enjuiciado en Francia. Eso ocurrió, según la revista, varios años después de que comenzara a enviar sus reportes secretos al BND, órgano que tenía muy claro su pasado nazi.

En Francia, Barbie fue condenado a cadena perpetúa por sus crímenes en la era nazi y murió en 1991.

El periodista y escritor boliviano, Carlos Soria Galvarro, quien es autor de un libro "Barbie Altmann. De la Gestapo a la CIA", le dijo a la corresponsal de BBC Mundo en Bolivia, Mery Vaca, que esta nueva información "complejiza aún más la personalidad de Barbie".


En Bolivia, Barbie se relacionó con los más altos rangos militares y durante el gobierno de René Barrientos (1964-1969), se convirtió en asesor de métodos de tortura y técnicas anticomunistas. Esta es la misma época en que trabajó para los servicios secretos de Alemania, indica Vaca.

Soria Galvarro, quien en su calidad de periodista, viajó en el vuelo que llevó a Barbie de regreso a Francia en 1983, indica que la nueva información sobre Barbie muestra que este hombre tenía "una multitud de facetas, que era un hombre peligroso de ideología nazi". Incluso, recuerda que Barbie solía decir, mientras vivía en Bolivia, que "la guerra no ha terminado".

Adolf Eichman en Argentina


Barbie no fue el único ex nazi que, tras la Segunda Guerra Mundial, se refugió en tierras sudamericanas.

Un caso que destaca el periódico alemán Bild es el de Adolf Eichman, organizador de la deportación y muerte de millones de judíos en los campos de concentración y exterminio del régimen nazi, lo que se conoció como la "solución final".

Adolf Eichman en el juicio
Eichman fue ejecutado en Israel.

"Tras la derrota de Hitler, escapó a Argentina y vivió una vida familiar ordinaria en el barrio de San Fernando, en la provincia de Buenos Aires", recuerda el periodista argentino de BBC Mundo, Max Seitz.

No existe registro de que haya mantenido una doble vida como espía. Pero de lo que sí hay constancia es de que la policía alemana sabía que estaba en la nación sudamericana.

Eichmann había entrado a Argentina el 14 de julio de 1950 con un pasaporte expedido por la Cruz Roja a nombre de "Ricardo Klement", con el que quería ocultar su pasado nazi.

En su investigación, Bild le pidió al gobierno los archivos sobre ese caso.

Los documentos muestran que el BND había localizado a Eichmann en Buenos Aires ocho años antes de su secuestro por parte de agentes de la Mossad.

Tras su traslado a Israel, Eichman fue enjuiciado, hallado culpable y ahorcado en 1962.

Simpatías Nazis


Klaus Barbie
Barbie vivió en Bolivia bajo el nombre de Klaus Altmann.

Analistas de línea dura ven en estos hallazgos una demostración de que la Alemania de la postguerra no quería romper del todo con el pasado.

"Muchas personas que estaban en posiciones de poder en Alemania después de la Segunda Guerra Mundial habían sido nazis. El ministerio de Relaciones Exteriores de Alemania, por ejemplo, acaba de publicar una investigación que señala que algunos de los diplomáticos tenían un pasado manchado de sangre antes de 1945", explicó el periodista de la BBC.

Otros observadores analizan la situación desde una perspectiva más práctica: una guerra terminaba y otra comenzaba. La nueva batalla tenía que librarse con las armas y el personal que estaban a la disposición.

"Con Alemania derrotada, la nueva amenaza a la democracia era la Unión Soviética. Por eso, cualquier persona que pudiera ser útil en esa causa fue usada, incluso si era el 'carnicero de Lyon'",

lunes, 31 de octubre de 2011

O DOSSIÊ ODESSA "A SOCIEDADE SECRETA ODESSA" "NAZISTAS NO BRASIL








Em 1947, Simon Wiesenthal, um conhecido caçador de nazistas começou a identificar rotas de fuga utilizadas pelos nazistas a escapar da Alemanha. A principal via que ele descobriu foi a partir da pequena cidade bávara de Memmingen para Innsbruck, na Áustria.A partir daí, foi possível cruzar em Itália sobre a passagem do Brenner. Wiesenthal mais tarde soube que os nazistas se refere a isto como a rota "BB" , de Bremen, na Alemanha até o porto italiano de Bari. Ele também sabia que os fugitivos tinham pouca ou nenhuma dificuldade de obtenção de documentos falsos e pareciam ter dinheiro suficiente em sua nova casa confortável para estabelecer uma nova vida. Wiesenthal concluiu que uma organização secreta com recursos substanciais deveria estar envolvida, para ajudar fugitivos nazistas. As sementes desse projeto foram plantadas antes da Segunda Guerra Mundial terminar.

Em 1944 ficou claro que a sorte da guerra tinha virado contra a Alemanha nazista.Muitos alemães começaram a antecipar a derrota e fazer planos para essa eventualidade. Em 10 de agosto de 1944, uma reunião secreta da Alemanha, industriais e banqueiros realizaram no Hotel Maison Rouge, em Estrasburgo, uma reunião para conceber um meio de assegurar um futuro seguro para os nazistas . Entre os presentes estava o magnata do carvão Emil Kirdorf, Georg von Schnitzler do IG Farben , Gustav Krupp von Bohlen und Halbach , magnata do aço, Fritz Thyssen, e banqueiro Kurt von Schroeder.

Os nazistas reconheceram que os ativos da Alemanha iriam cair nas mãos do inimigo se aproximando rapidamente, se eles não fossem transferidos e escondidos. A riqueza da nação, em grande parte adquirida através da pilhagem das nações invadidas e as pessoas que os nazistas assassinaram, tiveram de ser transferidos para que eles estivessem fora do alcance judicial, mas acessíveis para financiar um futuro movimento para ressuscitar o partido e construir um 4º . Reich com novo líder .

Oficiais nazistas também temiam represálias por parte dos Aliados e, a mais do que provável punição para crimes de guerra diante deles, eles decidiram procurar refúgio fora da Alemanha, e além do alcance da justiça . De acordo com o protocolo abaixo:
.
“A liderança do partido está consciente de que, após a derrota da Alemanha, alguns de seus líderes mais conhecidos podem ter de enfrentar um julgamento por crimes de guerra. Para isso, foram apresentados ao partido, líderes proeminentes, como "técnicos especialistas" em várias empresas alemãs. O partido está preparado para emprestar grandes somas de dinheiro para os industriais para que cada um deles possa criar uma organização do pós-guerra secreta no exterior, mas como garantia, exige que os empresários tenham ao seu dispor recursos para o exterior, de modo que um forte Reich pode ressurgir depois da derrota” .....
.
O resultado da reunião em Estrasburgo, foi a gênese de uma organização, uma bem financiada e bem organizada, com o expresso propósito de ajudar os nazistas que fugiam escapar da justiça. Esta organização foi chamada de "Organização Der Ehemaligen SS-Angehörigen" ("A Organização do ex- membros SS ) - mais conhecida como Odessa.

Wiesenthal descobriu a Odessa acidentalmente durante as conversas com um ex-membro da contra-espionagem alemã que ele conheceu durante os julgamentos de Nuremberg . A fonte disse que a organização foi criada em 1946, depois de muitos nazistas já haviam sido presos. Aqueles em contato com amigos da cadeia e os comitês de ajuda que tinha sido criada para promover o bem-estar dos presos. A assistência foi muitas vezes para além da ajuda humanitária a cumplicidade sua fuga.

Em pouco tempo a Odessa, construiu uma grande rede de confiança e orientada para a realização dos seus fins, e iniciou suas operações. Rotas foram mapeadas e os contatos foram estabelecidos.
Influentes nazistas desapareceram à medida que foram secretamente levada para fora da Alemanha e ajudou a iniciar uma nova vida sob nomes falsos em países estrangeiros. No final da guerra, apenas um punhado de altos oficiais nazistas foram julgados. Muitos dos que eram culpados de crimes de guerra, escaparam com a ajuda da Odessa.

Alguns criminosos de guerra permaneceram na Alemanha e assumiram uma nova identidade, viajando para fora da Alemanha e para a liberdade durante o caos no fim das hostilidades. Uma rede subterrânea chamada "Die Spinne" (a aranha) fornecia documentos falsos e passaportes, casas de saúde, e os contatos que poderiam contrabandear criminosos de guerra para a Suíça. Uma vez na Suíça, moveram-se rapidamente para a Itália , com o que alguns chamaram "A Rota do Mosteiro". Padres católicos romanos, sobretudo franciscanos, ajudaram a movimentar fugitivos de um mosteiro para o outro até chegar a Roma. De acordo com Wiesenthal , um mosteiro franciscano, Via Sicilia, em Roma, era praticamente uma estação de trânsito para os nazistas, um arranjo possível graças a um bispo de Graz chamado Alois Hudal. Wiesenthal especula que o motivo para a maioria dos sacerdotes era o que ele via como uma noção equivocada da caridade cristã. Uma vez na Itália, os fugitivos estavam fora de perigo, e muitos então dispersos por todo o globo.

Alguns países podem não ter tido conhecimento sobre os novos "imigrantes passados” seus, mas muitos fizeram e decidiram olhar para o outro.Outros, incluindo os Estados Unidos, exploraram o conhecimento dos nazistas.

Países fascistas, como a Espanha sob Franco, bem como aqueles na América do Sul , tornaram-se um refúgio. O estabelecimento do Estado de Israel após a Segunda Guerra Mundial levou alguns países árabes a dar boas-vindas aos nazistas que compartilhavam o ódio dos judeus na esperança de que usariam seus experiencia em áreas como a construção de foguetes para inclinar a balança no conflito árabe-israelense.

Adolf Eichmann foi um dos mais notórios dos nazistas a escapar da Alemanha, graças a ODESSA, mas ele acabou sendo capturado na América do Sul pela Inteligência israelenses e levado a Israel para ser julgado por seus crimes.

COMENTÁRIO DO DONO DO BLOG


Detalhes sobre este assunto foram destruídos, nem mesmo os maçons tem conhecimento de seus colegas que faziam também parte desta organização, eles ensinaram técnicas de transplantes para alguns médicos aqui em Porto Alegre, mas foi tudo bem escondido, empresas médicas alemãs ajudaram estes nazistas a a se refugiarem aqui, eles deram continuidade a experimentação médica que começou durante a segunda guerra nos campos de concentração que foram construídos pela IG FARBEN, que hoje se chama BAYER.


O tenente-general Vassili Khristoforov, chefe arquivista do Serviço Federal de Segurança (SFS) da Rússia (antiga KGB), reafirmou então ao Daily Mail, que “os arquivos da SFS detêm o maxilar de Hitler e os arquivos estatais um fragmento do crânio de Hitler. Com a exceção desses fragmentos, adquiridos no dia 5 de maio de 1945, não há nenhuma outra parte do corpo de Hitler”.
Em 2010 foi publicado em livro os resultados mais que suspeitos de uma nova investigação levantando a hipótese de que Hitler teria sobrevivido ao cerco do Exército Vermelho e fugido para a América do Sul, refugiando-se na Argentina, sob a proteção do Vaticano ou dos EUA, como outros criminosos nazistas, como Eichamnn e Mengele, como se o Führer fosse uma peça importante na elaboração de uma nova estratégia anticomunista para a Guerra Fria.



AS LISTAGENS DOS NAZISTAS QUE FUGIRAM DA EUROPA E FORAM RECEBIDOS NA ARGENTINA E NO SUL DO BRASIL, PRINCIPALMENTE PORQUE TAMBÉM SE ESTABELECERAM NO  PARAGUAI, ASSIM COMO NO RESTO DA AMÉRICA DO SUL. NOS ARQUIVOS DA POLÍCIA DE FILINTO MULLER OU DO EXÉRCITO DO MINISTRO GOES MONTEIRO DEVE EXISTIR ESTA IMFORMAÇÃO! PORQUE NO SUL, “ACREDITO” QUE MOROU O NÚMERO 2 DO NAZISMO, MUITOS ANOS COM SUA FAMILIA: MARTIN BORMAN, QUE ADMINISTRAVA O COFRE DA OPERAÇÃO ODESSA

domingo, 23 de octubre de 2011

Mapas publicados en 1942 plantean la invasión nazi de América

Estos esquemas publicados el 2 de marzo de 1942 en la revista Life, hablan sobre un ficticio proyecto nazi que nunca llegó a hacerse realidad, de invadir América y más concretamente Estados Unidos poco después del ataque a Pearl Harbor. En ellos se puede observar batallas pertenecientes a una realidad alternativa, como el bombardeo de Detroit y la invasión de Norfolk y Virginia.

Estos mapas fueron creados como ilustraciones para un artículo acerca de una hipotética derrota estadounidense en la Segunda Guerra Mundial creado por el pionero escritor de ciencia ficción Philip Wylie, que también es el autor de la novela 'Gladiator' (1930), sobre un proto-super héroe. Estos mapas fueron publicados en los primeros días de la participación de EE. UU. en la Segunda Guerra Mundial, por lo que existía la sensación de que esta invasión era una posibilidad real.

La revista Life publicó una llamada de atención a sus lectores. El Articulo tenía como titulo 'Ahora los EE. UU. deben combatir por su vida'.

Perder parecía algo que realmente podía suceder en América antes de la guerra. En la guerra en Europa, que había comenzado en 1939, para el año 1942 el Eje fascista contaba sus actuaciones por victorias, aunque aún estaban por llegar los acontecimientos en el Pacífico. En marzo del 42, los estadounidenses tenían Bataán, MacArthur dejó las Filipinas y tuvo lugar la masacre de Manila, el asedio de Leningrado, Corregidor, Mar de Java, el abandono de Singapur por parte de los británicos, Malasia, y mucho más. Las potencias del Eje en Europa controlaban Austria, Checoslovaquia, Polonia, Dinamarca, Bélgica, los Países Bajos, Luxemburgo, Francia, Noruega, Yugoslavia, Finlandia, Grecia, Lituania, Letonia, Estonia y partes de la Unión Soviética (Ucrania, Bielorrusia, Crimea), partes del norte de África, además de tener como aliados a Hungría, Rumanía, Bulgaria y Eslovaquia. También Italia, por supuesto, controlaba Sicilia, Etiopía y Libia. Y los japoneses invadieron una gran parte de China, el Sudeste Asiático e Indonesia. La situación general no parecía muy favorable.

Los siguientes mapas relatan cómo las potencias del Eje podrían combinar sus esfuerzos, centranse en América, y apoderarse de EE. UU. Los mapas de este tipo con flechas fueron difundidos por todo Estados Unidos y eran muy frecuentes durante esta época.


El Plan Dos se centra en un ataque frontal a la costa oeste a través de Pearl Harbor. Sería un camino muy duro. Los japoneses, con el apoyo de aviones de transporte, aterrizan primero en las islas exteriores de Hawai, establecen las bases aéreas y se acercan a Oahu. Los más difícil habría sido el salto del océano, sólo bajo la protección de la aviación naval hasta San Francisco.


El Plan Tres se centra en una travesía por el Pacífico del sur de Japón. La Flota japonesa, reforzada por los alemanes, presumiblemente tiene superioridad naval sobre la flota de EE. UU. Probablemente el primer ataque sería un bombardeo sorpresa del Canal de Panamá, inmediatamente seguido por el aterrizaje en Ecuador.


El Plan Cuatro es el más discutido de la invasión a través de Gibraltar-Dakar-Natal-Trinidad, sobre el cual ha tratado la política de defensa del presidente Roosevelt, llamada 'Buen Vecino'. Se trata del ataque a las bases por parte de una combinación de las marinas de guerra japonesa, alemana, italiana y de Vichi (nombre que usaban para el régimen francés colaboracionista desde julio de 1940 tras la invasión alemana), después de capturar Gibraltar y Suez, deberían enfrentarse a las flotas aliadas en varias partes del mundo. La invasión se iniciaría por el valle del Mississippi.


El Plan Cinco parece muy complicado porque supone cruzar el Atlántico por otra parte. Combinando armadas del Eje, se invadirían islas del Atlántico y luego se haría el trayecto de las Azores a las Bermudas y a Norfolk. Su mayor dolor de cabeza es la superioridad de EE. UU. en concepto de portaaviones y transportes marítimos. 25 buques nazis podían transportar a hasta cuatro divisiones.


El Plan Seis es la invasión clásica de San Lorenzo y Valle del Hudson. Los Alemanes fácilmente podían bombardear Chicago, Detroit, Akron y marchar a sangre y fuego a través del Medio Oeste. Para todo ello, sería un verdadero golpe de buena fortuna poder evitar a la flota británica por el camino.

Núremberg recibe importantes documentos rusos sobre los nazis

El ministro de Exteriores de Rusia, Serguéi Lavrov, entregó al Museo del Tribunal de Núremberg (Alemania) copias de más de cuarenta documentos de los archivos rusos que recuperan importantes detalles de la preparación y desarrollo del proceso de 1946. Para eso y también para rendir homenaje a las víctimas del nazismo, participó este domingo en la inauguración de la exposición.
Entre los documentos entregados destaca la grabación de una continuada conversación entre el jefe del Comité de Defensa de la URSS, presidente del Consejo de Ministros, Iósif Stalin, y el embajador del Reino Unido en Moscú, Archibald Clark Kerr, sobre los puntos de vista divergentes; británicos, estadounidenses y soviéticos en lo que refería a la organización de los futuros procesos contra los delincuentes nazi y la causa 'muy peculiar' contra Rudolf Hess.
Este testimonio es muy emblemático, teniendo en cuenta que tuvo lugar el 5 de noviembre de 1942, al tiempo que las tropas alemanas asaltaban el Cáucaso y también el frente de Estalingrado. Entonces Londres se oponía a la idea de organizar un tribunal abierto, de potestad internacional sobre los crímenes bélicos del III Reich y aseguraba que su Gobierno no usaría la residencia del suplente de Hitler en el territorio británico para contraer una paz por separado.
No será menor el interés de los historiadores europeos respecto al mensaje del entonces titular de Exteriores Vyacheslav Mólotov a Stalin sobre la proposición de Estados Unidos a contratar un acuerdo triple para castigar a los principales autores de hechos punibles de la guerra a nivel internacional. Entre las cartas más relevantes hay una en la que los corresponsales de la agencia TASS exponen a Stalin sus impresiones sobre el viaje a Núremberg.
El canciller ruso recalcó en especial que la mayor parte de los documentos que pasaban a manos del Museo no han sido publicados todavía y son de índole única. “Espero —dijo Lavrov— que estos materiales conformarán un importante aporte a la exposición del museo y serán interesantes y útiles a visitantes e investigadores”. Según el titular, ellos “descubren claramente la prehistoria de la creación del Tribunal, el proceso de la conformación de los elementos claves de su instrumental de derecho internacional y de su organización”.

El hobby clandestino de los niños en campos de concentración

En el festival anual de los literatos rusos en Viena, ‘Viena literaria’, mostrarán la película sobre los niños presos del gueto fascista Terezín en la República Checa. El documental ‘Yo recuerdo…’ de la periodista y escritora Elena Logunova en colaboración con homólogos de la República Checa, Austria, Alemania, trata de los niños que clandestinamente aprendían la lengua y literatura rusa. Muchos de ellos murieron, pero se guardó una muestra de aquello gracias a la revista Vedem (Nosotros llevamos) que la publicaban a escondidas con su poesía y traducciones al checo de las obras de grandes poetas rusos.

El gueto de Terezín fue dividido en bloques. En la gabitación No.1 del bloque 'L 417' estaban los niños que editaban la revista, pocos de ellos sobrevivieron después en el campo de Auschwitz. Elena Logunova con el miembro del equipo de rodaje Serguéi Levitski tradujeron la poesía de estos niños al ruso. En las páginas de aquella publicación se pueden leer las obras de Alexandr Pushkin, Mijaíl Lermontov, Fiodr Tiútchev, Vladímir Maiakovski y Konstantín Balmont.

En general, entre los presos que encontraban allí cobijo se cree que eran de 12.000 a 18.000 menores. Sobrevivieron pocos, otros murieron en Terezín, o fueron deportados a los campos de concentración. Llegaron allí con sus padres, élite hebrea, aunque a pesar de que en los barrios la vida de familia se guardaba de pleno valor, en Terezín las familias eran divididas lo que junto cono otros rasgos indicaba que éste no era un gueto, sino un campo de tránsito o incluso un campo de concentración.

Cualquier actividad educativa era prohibida, permitieron solo dibujar. Gracias a este milagroso permiso, la artista de origen austriaco Frederika 'Friedl'
http://webstudio.il4u.org.il
Dicker-Brandeis enseñaba a los niños pintar y guardó cerca de cuatro mil esbozos de estos presos pequeños. En general, la vida clandestina allí contaba de centenas de espectáculos, creación e interpretación de música, poesía, edición de revistas, etc.

Los historiadores del asunto basándose en diferentes memorias destacan que durante ‘la limpieza’ de las ciudades y sus suburbios por el mando especial de Adolf Eichmann a Terezín enviaron judíos: políticos, militares, artistas, ex generales, ministros, banqueros, héroes de la Primera Guerra Mundial, entre otros.

“A todos los enviados a Terezín les prometían un sanatorio cómodo en la orilla del Elba… Aquí se podría estar entre la gente inteligente si no fuera por el miedo de ser enviados más allá”, escribía Friedl Dicker-Brandeis.

En principio Terezín fue pensado como un lugar que se podría mostrar a las comisiones extranjeras. A los hebreos les proponían una autonomía, en
http://webstudio.il4u.org.il
cierto modo. Pero todo esto fue sólo una fachada. De 150.000 hebreos que pasaron a través de ése lugar, 88.000 fueron enviados a campos de concentración y más de 33.000 murieron de hambre y diferentes epidemias.


AFP PHOTO/ Michal Ruzicka


Hallan en Austria una fosa común de víctimas de los nazis

En Austria han hallado restos de los asesinados bajo el programa de eutanasia de los nazis, según anunció la radio local ORF.
La fosa común fue descubierta en la localidad alpina de Hall, en la provincia austriaca de Tirol, en el territorio de un hospital psiquiátrico estatal de la región. Los restos de 220 personas fueron hallados cuando se realizaban excavaciones en el patio del hospital como parte de un proyecto de construcción.
El descubrimiento de los cuerpos despertó las sospechas de que estos cuerpos, enterrados entre 1942 y 1945 en el cementerio de un hospital, eran víctimas del llamado 'Programa de Eutanasia' puesto en marcha por los nazis para potenciar la 'raza aria' eliminando a discapacitados físicos y mentales, entre ellos muchos menores de edad.
Las autoridades austriacas han paralizado las obras hasta que se practiquen los análisis forenses y se pueda determinar cómo fallecieron las personas enterradas allí. Mientras tanto, el historiador Horst Schreiber explica que se sospecha que se les dejó morir de hambre.
Los expertos han comenzado a investigar la identidad de los cuerpos para identificar a los muertos entre los registros hospitalarios y muestras genéticas, así como la posible existencia de más fosas comunes.
"Un oscuro capítulo de la historia ahora debe ser cuidadosamente examinado y aclarado", dijo en rueda de prensa el gobernador provincial, Guenther Platter, diciendo que estaba profundamente conmocionado por el descubrimiento.
En la Alemania nazi, que se anexionó Austria en 1928, fueron asesinadas decenas de miles de personas con algún tipo de invalidez física o psicológica en un esfuerzo por erradicar a los considerados inferiores. Solo en el hospital del castillo de Hartheim, un centro de eutanasia situado cerca de Linz, en Austria, encontraron la muerte en cámaras de gas unas 30.000 personas.

Se subastan en EE. UU. los diarios del ‘Ángel de la Muerte’

Los diarios inéditos de Josef Mengele, el médico nazi del campo del exterminio Auschwitz-Birkenau apodado el ‘Ángel de la Muerte’, salen a subasta en EE. UU., informaron agencias.
Unas 3.500 páginas inéditas con detalles de la vida del médico nazi en la Argentina, Paraguay y Brasil, así como sus pensamientos políticos y raciales, escritos entre 1960 y 1975 “a mano, a veces ilustrados y en excelente condición”, según el vendedor, la casa de subastas Alexander Autographs, salen a la venta esta semana. Alexander Autographs, ubicada en Stamford (Connecticut), estima su valor entre 300.000 y 400.000 dólares.
Algunos fragmentos de los manuscritos de “importancia histórica”, 31 en total, han sido publicados en Alemania, pero el "95% del material" es inédito, según Alexander Autographs. Los diarios cuentan la vida de Mengele en Argentina, a donde llegó después de la Segunda Guerra Mundial con una falsa identidad, llevándose sus archivos.
Mengele, capitán de las SS y el infame médico de Auschwitz, el lugar que iba a quedar terriblemente unido a su nombre, se encargaba de la selección de los deportados que llegaban al campo de concentración nazi, donde fue asesinado 1,1 millón de personas, de las cuales un millón eran judíos. Mengele hacía llevar directamente a las cámaras de gas a los niños, los viejos y a todos los que consideraba demasiado débiles para trabajar y con quienes realizaba sus "experimentos científicos". Vivió en Argentina, Paraguay y Brasil, donde murió en una playa cerca de São Paulo en 1979.
Un tribunal absuelve a uno de las criminales nazis más crueles
Mientras tanto, otro de los criminales nazis más crueles que siguen con vida, el ex capitán del Ejército húngaro Sandor Kepiro, fue absuelto ayer por el Tribunal de Budapest.
Sandor Kepiro, considerado uno de los últimos criminales de guerra aún vivos y en el primer lugar de la lista del Centro Simon Wiesenthal de los diez delincuentes nazis más crueles y más buscados en el mundo, fue absuelto ayer por un tribunal de Budapest. La Fiscalía había requerido una pena de prisión, en tanto la defensa alegó a favor de la anulación del proceso o por el sobreseimiento.
AFP / Aktuality.sk
Kepiro, de 97 años, fue acusado y procesado por complicidad de crímenes de guerra en Serbia, sobre todo contra judíos. Se considera que participó en asesinatos de judíos, serbios y gitanos, habitantes de la ciudad serbia de Novi Sad en enero de 1942, cuando durante sólo tres días fusilaron a más de 1.200 personas en la orilla del río Danubio y las echaron al agua.
"El veredicto es un insulto a la memoria de las 1.246 víctimas de la incursión en Novi Sad", declaró Efraim Zuroff, del Centro Simon Wiesenthal, que localizó a Kepiro en Budapest en 2006 y transmitió luego la información a las autoridades húngaras. La Fiscalía hungará apelará la decisión del tribunal.

domingo, 18 de septiembre de 2011

Objetivo

Un gran país y una gran nación. Vive y se desarrolla su gente, inmersa en un conflicto que no siempre y casi nunca, Occidente ha querido entender.

Desde otras latitudes, siempre o casi siempre, se ha tenido la imagen de Israel, como un territorio que se debe conocer y visitar por la gran historia religiosa que en sus tierras se ha escrito.

Algunos sueñan con caminar por los senderos que sus informantes de fe les legaron y cobijarse bajo las reliquias de sus símbolos, como actos de fe a los cuales se aferran para fortalecer sus convicciones.

Judios, cristianos y musulmanes, han vuelto sus miradas por siglos a la tierra que guarda muchas de las tradiciones por las que viven sus respectivas espiritualidades. Desde todos los rincones de mundo, se incuba el anhelo, el deseo de visitar alguna vez la tierra de Eretz Israel.


Pero Israel no es sólo esa nostalgia de espiritualidad con la que le miran muchos en occidente.

Un país que se ha visto convulsionado desde su creación como Estado, por una espiral de violencia provocada por quienes consideran al Estado de Israel y a los Judíos como invasores y usurpadores de un territorio que reclaman como propio. Todo ello choca contra la convicción, certeza y acreditación histórica que asiste a los judíos, de la legitimidad de su hogar y que defienden con determinación y valentía el derecho a existir como Estado y Nación en un territorio que es la fuente de sus raíces y sustento de sus convicciones espirituales.

No siempre, más bien, casi nunca, Occidente ha entendido los actos que Israel como Estado y Nación ha llevado adelante para su subsistencia. Ni siquiera el tan "moderno terrorismo religioso" usado por la Organización de Liberación de Palestina (OLP) o los grupos terroristas de Hizbola o Hamas y que ha causado muchas víctimas civiles inocentes, ha logrado que Occidente preste verdadera atención a la legitimidad y justicia de los actos y decisión de Israel de oponerse al propósito que manifiestamente buscan su destrucción como Estado.

Desde dentro y en la cotidaneidad de la vida en Israel, pueden los visitantes descubrir la voluntad de sus habitantes de no ceder ante los actos de terror y comprobaran como todos y cada uno entregan sus energías a salvaguardar sus valores y construir y engrandecer un país, moderno y donde impera el estado de derecho y una organización democrática de sus instituciones, como no tienen ni han tenido quiene atentan con Israel.

Desde lejos, no se ven cosas que desde cerca no pasarían inadvertidas, ni siquiera para el más incrédulo y desconfiado de los contradictores de ocasión del Estado de Israel.

En un intento de acercar esa realidad para un entendimiento con mejor disposición y voluntad centrado en el uso de la razón y no la pasión, es que nos hemos propuesto escribir de y desde Israel, acerca de su cotidaneidad y también sus conflictos, todo ello, bajo el prisma de chilenos en particular y latinoamericanos en general avecindados en Israel.


Los invitamos a recorrer, en artículos e imágenes, algo más, muchos más de lo que se recibe en Occidente de la realidad de una país y una nación como es Israel.

El Holocausto


Una fotografía de la preguerra de tres niños judíos con su niñera. Dos de los niños murieron en 1942. Varsovia, Polonia, 1925-26.
Una fotografía de la preguerra de tres niños judíos con su niñera. Dos de los niños murieron en 1942. Varsovia, Polonia, 1925-26.
— United States Holocaust Memorial Museum


Fotografía

Historia personal

Objetos

Mapas

Película historica

El Holocausto fue la persecución y el asesinato sistemático, burocráticamente organizado y auspiciado por el Estado de aproximadamente seis millones de judíos por parte del régimen nazi y sus colaboradores. "Holocausto" es una palabra de origen griego que significa "sacrificio por fuego". Los nazis, que llegaron al poder en Alemania en enero de 1933, creían que los alemanes eran una "raza superior" y que los judíos, considerados "inferiores", eran una amenaza extranjera para la llamada comunidad racial alemana.
Durante la era del Holocausto, las autoridades alemanas persiguieron a otros grupos debido a su percibida "inferioridad racial": los romaníes (gitanos), los discapacitados y algunos pueblos eslavos (polacos y rusos, entre otros). Otros grupos fueron perseguidos por motivos políticos, ideológicos y de comportamiento, entre ellos los comunistas, los socialistas, los testigos de Jehová y los homosexuales.
En 1933, la población judía de Europa ascendía a más de nueve millones, y la mayoría de los judíos europeos vivía en países que la Alemania nazi ocuparía o dominaría durante la Segunda Guerra Mundial. Para el año 1945, los alemanes y sus colaboradores habían asesinado aproximadamente a dos de cada tres judíos europeos como parte de la "Solución final", la política nazi para asesinar a los judíos de Europa. Si bien las principales víctimas del racismo nazi fueron los judíos, a quienes consideraban el mayor peligro para Alemania, entre las otras víctimas se incluyen 200 mil romaníes (gitanos). Como mínimo, 200 mil pacientes discapacitados física o mentalmente, en su mayoría alemanes y que vivían en instituciones, fueron asesinados en el marco del llamado Programa de Eutanasia.
A medida que la tiranía nazi se propagaba por Europa, los alemanes y sus colaboradores perseguían y asesinaban a millones de otras personas. Entre dos y tres millones de prisioneros de guerra soviéticos fueron asesinados o murieron de inanición, enfermedades, negligencia o maltrato. Los intelectuales polacos no judíos fueron perseguidos y asesinados por los alemanes. Millones de civiles polacos y soviéticos fueron deportados para realizar trabajos forzados en Alemania o en la Polonia ocupada, donde generalmente trabajaban y muchas veces morían en condiciones deplorables. Desde los primeros años del régimen nazi, las autoridades alemanas persiguieron a los homosexuales y a otras personas cuyos comportamientos no se ajustaban a las normas sociales prescritas. Miles de oponentes políticos (incluidos comunistas, socialistas y sindicalistas), así como disidentes religiosos (como los testigos de Jehová), fueron perseguidos por oficiales de la policía alemana.
Muchas de estas personas murieron como resultado de la encarcelación y el maltrato.
En los primeros años del régimen nazi, el gobierno nacionalsocialista estableció campos de concentración para detener a oponentes políticos e ideológicos tanto reales como supuestos. En los años previos al estallido de la guerra, los oficiales de las SS y la policía encarcelaban en estos campos a cada vez más judíos, romaníes y otras víctimas del odio étnico y racial. Para concentrar y controlar a la población judía y al mismo tiempo facilitar la deportación posterior de los judíos, los alemanes y sus colaboradores crearon ghettos, campos de tránsito y campos de trabajos forzados para los judíos durante los años de la guerra. Asimismo, las autoridades alemanas establecieron numerosos campos de trabajos forzados, tanto en el denominado Gran Reich Alemán como en territorios ocupados por los alemanes, para personas no judías a quienes los alemanes buscaban explotar laboralmente.
Después de la invasión de la Unión Soviética en junio de 1941, los Einsatzgruppen (equipos móviles de matanza) y más adelante, los batallones militarizados de oficiales de la Policía iban detrás de las líneas alemanas para llevar adelante operaciones de asesinato en masa de judíos, romaníes y oficiales del partido comunista y del estado soviético. Las unidades alemanas de las SS y la policía, con el apoyo de unidades de la Wehrmacht y de la Waffen SS, asesinaron a más de un millón de hombres, mujeres y niños judíos junto con cientos de miles de otras personas. Entre los años 1941 y 1944, las autoridades alemanas del régimen nazi deportaron a millones de judíos desde Alemania, los territorios ocupados y los países de muchos de sus aliados del Eje hacia los ghettos y los centros de exterminio, también llamados centros de la muerte, donde fueron asesinados en cámaras de gas diseñadas especialmente para tal fin.
Durante los últimos meses de la guerra, los guardias de las SS trasladaron a los prisioneros de los campos en tren o en marchas forzadas, también denominadas “marchas de la muerte”, en un intento por evitar que los Aliados liberaran a grandes cantidades de prisioneros. A medida que las fuerzas aliadas se trasladaban por Europa en una serie de ofensivas contra Alemania, empezaron a encontrar y liberar a prisioneros de los campos de concentración, así como a los prisioneros que estaban en el camino en marchas forzadas desde un campo hacia otro. Las marchas continuaron hasta el 7 de mayo de 1945, el día en que las fuerzas armadas alemanas se rindieron incondicionalmente a los Aliados. Para los Aliados occidentales, la Segunda Guerra Mundial finalizó en Europa oficialmente al día siguiente, el 8 de mayo (día V-E), mientras que las fuerzas soviéticas anunciaron su “día de la victoria” el 9 de mayo de 1945.
Después del Holocausto, muchos de los sobrevivientes encontraron refugio en los campos de refugiados que administraban las fuerzas aliadas. Entre 1948 y 1951, casi 700 mil judíos emigraron a Israel, incluidos 136 mil judíos refugiados de Europa. Otros judíos refugiados emigraron a Estados Unidos y a otros países. El último campo de refugiados se cerró en 1957. Los crímenes cometidos durante el Holocausto devastaron a la mayoría de las comunidades judías de Europa y eliminaron totalmente a cientos de comunidades judías de los territorios ocupados de Europa Oriental.

Descripción de los símbolos Judios.

Candelabros




La vela es muy importante en la vida judía. El fuego es uno de los elementos básicos del mundo. Es aterrador, así como cálido y acogedor. En la Cábala (misticismo judío), la llama se dice que simbolizan la relación de Dios con el mundo y el hombre.





Chai


Chai (la vida) tiene un significado profundo, y es una parte central de nuestro vocabulario judía y la filosofía. .


Kipa


Tradición, y no un mandato explícito de la Biblia, obliga a los hombres para cubrir la cabeza en señal de humildad. Las mujeres casadas mostrar modestia con el uso de una cubrirse la cabeza. El Código de Leyes, "Es una costumbre de no caminar con la cabeza descubierta bajo el cielo".







Magen David



La estrella de David de seis puntas (Magen David) es un símbolo antigüo y generalizado. Sin embargo, es en realidad un símbolo judío relativamente nuevo, estrechamente asociado con la creación del Estado de Israel.




Menorah



La menorá se originó como un candelabro de siete brazos realizado por los israelitas por el desierto del Sinaí. Se utiliza para iluminar manuscritos en la Edad Media, y los cabalistas (místicos judíos) lo tomó como una representación de los sefirot (emanaciones de Dios). Hoy en día la menorah judía es un símbolo familiar y el emblema del Estado de Israel.

.


Mezuzá



La mezuzá es un símbolo unido a las puertas de un hogar judío que se identifica como "judía". Se trata de un recipiente hecho de madera, metal, piedra o cerámica, que tiene un pedazo de pergamino en el que se escriben oraciones.


Shofar





El shofar es un cuerno de carnero pulido se utiliza en los servicios judíos en ciertas épocas del año. Es quizás uno de los más extraños entre los elementos utilizados para el ritual judío. El shofar es básicamente el cuerno de un carnero que se ha suavizado, su apariencia y el sonido que evoca la primitiva de la humanidad.


Talit




El talit es un símbolo físico de la protección y provisión de Dios, y una expresión espiritual de envolver a sí mismo en las leyes de Dios.


Tefilín



Cada día un Judio une tefilín (filacterias) - cajas de cuero que contienen cuatro pasajes bíblicos específicos - a la cabeza y el corazón. Esta práctica tiene la intención de elevar su propia conciencia y el mundo material a un nivel superior de la espiritualidad.




Tzitzit


El simbolismo detrás del uso diario de tzitzit refleja la increíble devoción y obediencia que participan en la práctica del judaísmo. No es un mandamiento para poner tzitzit en cualquier prenda de cuatro puntas, como se estipula en Números 15:37-41. Esto nos recuerda la presencia de Dios, sus mandamientos y de su amor eterno.












Yad


El Yad es uno de los accesorios decorativos de la mayoría de los Sefer Torá. No obstante, tiene un grado de santidad próxima a la de la Torá se desplaza.